Governador do RN dá lição em Camilo e instala bloqueador de celular
Robinson Faria dá lição a Governador do Ceará, instala bloqueador de celular e dá carta branca a Polícia
A
instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de
Parnamirim, em Natal, provocou uma série de atentados à ônibus nos
último dois dias na capital do Rio Grande do Norte. Segundo dados da
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), pelo menos 54
ataques criminosos foram registrados em 20 cidades do estado nestes
últimos dois dias.
Assim
como aconteceu em Fortaleza nos últimos meses, os ataques partiram de
dentro dos presídios onde o crime organizado determina como os
comparsas, que estão livres, devem agir nas ruas. Mas, a comparação
entre as atitudes dos dois governos mostra que o avanço no Ceará está
muito aquém do que a população espera.
Em
março, os deputados cearenses aprovaram um projeto do governador Camilo
Santana que proíbe as empresas de concederem o sinal nesses locais. E
exatamente quatro meses após a aprovação, a medida não foi regulamentada
em decreto e todos os presídios cearenses continuam com sinal de
celular. A justificativa de representantes do governo é que a obrigação
agora é das operadoras de telefonia móvel.
Segundo
o secretário das Relações Institucionais do Governo do Ceará, Nelson
Martins, o projeto obriga que as operadoras coloquem os bloqueadores e a
multa por descumprimento é de R$ 10 mil por dia.
Governador do RN dá lição em Camilo
Mas,
as coincidências entre os dois Estados da região Nordeste param por ai.
Ao contrário de Camilo Santana, o governador do Rio Grande do Norte,
Robinson Faria, determinou a instalação do primeiro equipamento no
Presídio Estadual de Parnamirim e disse que a polícia tem toda a
liberdade de atuar para garantir a segurança da população.
Além
disso, ressaltou que todos os presídios receberão bloqueadores de
celulares. “O que não vamos aceitar é que o Estado seja emparedado pelos
presos. É a hora de enfrentar, buscar a solução definitiva. A população
pode ficar tranquila porque nós vamos vencer. O que tomamos até agora
foram medidas necessárias para conter esse avanço da violência. Não há o
que temer”, concluiu Robinson.
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