segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Colocação de 'muro' que separa facções em Alcaçuz recomeça terça

Em Alcaçuz, muro feito de contêineres tem a primeira fileira pronta; uma segunda ainda será erguida sobre a base  (Foto: Fred Carvalho/G1)Em Alcaçuz, muro feito de contêineres tem a primeira fileira pronta; uma segunda ainda será erguida sobre a base (Foto: Fred Carvalho/G1)Será retomada nesta terça-feira (24) a construção do muro feito com contêineres – estrutura improvisada para separar as duas facções criminosas que disputam o poder dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do estado (Sesed) a operação, que começou no último sábado (21), foi paralisada por que é preciso montar um plano de operações para o trabalho ser realizado.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Foi lá, no fim de semana passado, que pelo menos 26 detentos foram mortos durante a invasão de um pavilhão. Na quinta-feira (19), após novo enfrentamento, muitos presos ficaram feridos. A PM confirma que há novos mortos dentro da unidade, mas não informou o número. Neste sábado, enquanto os primeiros contêineres eram posicionados, equipes do Instituto Técnico de Perícia (Itep) encontraram e recolheram duas cabeças, um antebraço, um braço e uma perna.A medida, segundo o governo, é temporária até que um muro definitivo seja construído dividindo os pavilhões 1, 2 e 3 (ocupados por membros do Sindicato do RN) dos pavilhões 4 e 5 (dominados pelo PCC). Os contêineres, cada um com 12 metros, darão lugar a um muro de concreto de 90 metros de extensão. Ainda de acordo com o governo, a construção deste muro permanente levará 15 dias.Presos soltos e armados
Para a Polícia Militar, a missão de separar os presos com o muro objetiva "preservar vidas". Foi o que disse o comandante geral da corporação, coronel André Azevedo, em entrevista no final da tarde do sábado após a primeira fileira de contêineres ficar pronta. Apesar disso, os detentos permanecem soltos e armados.
Ainda durante a entrevista, o comandante destacou que caçambas recolheram uma grande quantidade de entulhos e muitas barras de ferro que eram usadas como armas pelos presos. Mas, não deu prazo para que o Estado faça uma intervenção em busca de armas de fogo e armas brancas.
Os contêineres, cada um com 12 metros, formarão um muro de concreto de 90 metros de extensão. O governo diz que que a construção de um muro permanente no local levará 15 dias.
Em Alcaçuz, detentos circulam livremente dentro dos pavilhões desde março de 2015, quando uma série de rebeliões destruiu as grades das celas. Na manhã desta segunda-feira (23), os detentos continuam no telhado.

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